Início
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/01/Blason73-Savoie.svg/250px-Blason73-Savoie.svg.png)
"Cruz de Savóia", primeiro distintivo utilizado pelo Palestra Itália em 1915
O clube
Sociedade Esportiva Palmeiras foi fundado em
26 de Agosto de
1914 pela
colônia italiana da cidade de
São Paulo, sob o nome Sociedade Esportiva Palestra Itália (em italiano Società Sportiva Palestra Italia). A sua fundação se deu pela presença de dois times italianos no
Brasil, no caso o
Pro Vercelli e o
Torino, impulsionando assim quatro jovens italianos a criar um time para a colônia italiana, eram eles; Luigi Cervo, Luigi Marzo, Vincenzo Ragognetti e Ezequiel Simone, funcionários das Indústrias Matarazzo (que contaram com o apoio da fábrica para fundar o clube). A ata de fundação por sinal, é redigida em
italiano. O primeiro
presidente é
Ezequiel Simone, que fica apenas dezenove dias no cargo.
A imensa maioria dos sócios fundadores eram italianos e descendentes; havia um português, inclusive eleito diretor, mas nenhum deles era filiado a qualquer outra entidade futebolística, com exceção do Luigi Cervo, que fora sócio e jogador do Internacional.
Entre agosto de
1914 a janeiro de
1915 o Palestra tratou de organizar a sua primeira apresentação para a cidade e principalmente para a colônia italiana residente em
São Paulo. O grande baile de inauguração aconteceu nos salões da "Germânia" - localizado na rua "Dom José de Barros" e alugado na época por 300 mil réis - com uma festa realizada no dia
9 de janeiro, um
sábado.
[editar]As primeiras partidas
Nos primeiros meses, o futebol era praticado somente como atividade recreativa entre os associados, em um campo alugado na Vila Mariana. Esse campo ficava situado onde hoje localiza-se a Vila Clementino, muito próximo da atual área do
Parque do Ibirapuera. Em
24 de Janeiro de
1915 o Palestra disputa o seu primeiro amistoso, contra o Savóia, de
Sorocaba (que hoje é chamado
Clube Atlético Votorantim, pois a equipe tinha sua sede no atual
município de
Votorantim, à época distrito de
Sorocaba) e vence por 2 a 0, com gols de Bianco e Alegretti. O escudo adotado é a
Cruz de Savóia.
Em
1915 o Palestra só jogou partidas amistosas, até que no início de
1916, aproveitou-se de uma situação de dificuldade da
Associação Paulista de Esportes Atléticos, que na época era quem comandava o futebol dos grandes clubes paulistas, causada pela desativação do Velódromo, local onde eram disputadas as partidas do campeonato. Os dirigentes palestrinos articularam um apoio das
Indústrias Matarazzo, para remover e transportar as arquibancadas do Velódromo para a Chácara da Floresta, pertencente à
A. A. Palmeiras, e assim obteve apoio para seu ingresso na Liga da elite do futebol paulistano.
A estréia no campeonato aconteceu no dia
13 de Maio, na própria "Chácara Floresta", em partida contra a
Associação Atlética Mackenzie College, empatando em 1 a 1. A escalação do time foi a seguinte: Fabrini; Grimaldi e Ricco (o capitão); Fabbi II, Bianco e De Biase; Gobbato, Valle II, Vescovini, Bernardini e Cestari.
Em
1917 a camisa muda sua aparência, saindo a faixa horizontal branca existente até então, e o escudo passa a ser um círculo com as iniciais
P e
I, no lugar da Cruz de Savóia. A equipe se reforça, e o Palestra conquista o primeiro vice campeonato. O ano marca também o primeiro confronto contra aquele que se tornaria seu maior rival, o
Corinthians, em duas partidas, duas vitórias, 3 a 0 e 3 a 1. Dois anos depois, em
1919, o Palestra volta a ser vice-campeão.
[editar]As primeiras conquistas
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/17/Palestra_Italia_1920.jpg/250px-Palestra_Italia_1920.jpg)
Equipe do Palestra Itália campeã paulista de 1920
No final do mesmo ano,
1920, o Palestra conquista seu primeiro título, numa final dramática contra o poderoso
Paulistano, tetra-campeão paulista de 1916 a 1919. As duas equipes terminaram empatadas em pontos, obrigando a realização de uma partida extra, vencida pelo Palestra por 2 a 1, com gols de Martinelli e Forti, quebrando a hegemonia do rival.
Entre os anos de
1921,
1922 e
1923 o Palestra é vice-campeão três vezes seguidas do campeonato paulista. Em
1926 o Palestra consegue de novo o título com uma campanha indiscutível, 9 partidas, 9 vitórias, 33 gols, tendo Heitor como artilheiro com 18 gols. Em
1927 nova conquista, e o primeiro bicampeonato.
O início da
década de 1930, é marcado pela
Revolução de 32, que provocou a paralisação do campeonato por quatro meses, onde os clubes cederam suas Sedes para servirem de alojamento e enfermarias para as tropas paulistas. No futebol o período é marcado pela introdução do profissionalismo, e pela supremacia absoluta do Palestra não só pelos campos paulistas, mas também do restante do País.
Em
1932 o Palestra conquista o "Paulista" de forma invicta, e com a melhor campanha da história da competição: 11 jogos, 11 vitórias, 48 gols pró e apenas oito gols contra. No ano seguinte o Palestra comemora em dobro, bicampeão paulista e da primeira edição do torneiro Rio-São Paulo.
1933 marca também a inauguração do
Estádio Palestra Itália, então o maior de São Paulo, e um dos únicos do País em concreto armado. No ano seguinte,
1934o clube chega ao tri-campeonato paulista.
Em
1940 o Palestra tem a honra de inaugurar o estádio do
Pacaembu, goleando o
Coritibapor 6 a 2 na partida de estréia e vencendo o
Corinthians por 2 a 1 no domingo seguinte, tornando-se Campeão da Taça Cidade de São Paulo, primeiro Campeão do Estádio do Pacembú.
1941 marca a estréia do maior ídolo do clube na
década de 1940, o
goleiro Oberdan Cattani, junto com
Waldemar Fiúme; Oberdan domina o gol palestrino por quinze anos.
[editar]O Palestra torna-se Palmeiras
Na tentativa de atenuar a situação, em março a diretoria do clube passa a utilizar o nome de "Palestra de São Paulo". A troca não chega a ser formalizada, e a medida tem pouco ou nenhum efeito, já que o costume da imprensa e dos torcedores nesta época era o uso apenas da palavra Palestra, que continuava existindo, assim como suas cores inalteradas, que faziam referência à Itália.
A situação agravou-se com o decreto-lei de
17 de junho de
1942, exigindo que as agremiações esportivas que tivessem
nomes estrangeiros mudassem suas denominações, e finalmente em
31 de Agosto o governo brasileiro declarou formalmente o estado de Guerra contra os Países do "
Eixo".
Duas semanas depois, na noite do dia
14 de setembro de
1942, a diretoria do Palestra reuniu-se em sessão extraordinária para discutir a exigência dos militares, de mudança total do nome, a despeito de Palestra ser uma palavra grega. Após horas de discussão e resistência, e da sugestão de nomes como Piratininga e Paulista, decidiu-se finalmente por
Sociedade Esportiva Palmeiras, em parte pela preservação da letra
P nos escudos e símbolos do clube, e em parte em homenagem à
Associação Atlética das Palmeiras, clube então extinto mas que sempre manteve excelente relacionamento com o Palestra Itália, tendo fornecido apoio decisivo em diversas ocasiões de litígio com dirigentes do futebol paulista.
A
cor vermelha foi retirada, mantendo-se apenas o
verde e
branco, e no escudo foi removida a letra
I, manténdo-se apenas a letra
P sobre o fundo verde. Atendidas as exigências das autoridades, o Palmeiras entrou em campo no domingo seguinte para decidir o título do campeonato contra a equipe do São Paulo, trazendo duas novidades:
Para evitar os protestos e vaias contra a equipe, planejados por vários dias pelos torcedores da equipe rival, o "alvi-verde imponente" surgiu com seu vice-presidente, o capitão do Exército Adalberto Mendes liderando a equipe que entrou em campo carregando uma bandeira brasileira. Após alguma indecisão e silêncio, o estádio aplaudiu de pé os jogadores, deixando a rivalidade apenas para a disputa nos gramados. A outra novidade, percebida apenas anos depois, foi a troca da camisa dos goleiros, que eram brancas desde
1914 e que a partir de então passaram a ser azuis, numa sutil homenagem às raízes italianas, através do uniforme da Seleção daquele País, que faz referência às cores reais da
Casa de Sabóia.
Por todos estes ingredientes, esta foi uma partida épica, marcada pela garra e determinação dos jogadores do Palmeiras, que, em sua primeira exibição, impuseram 3 a 1 no rival que ainda abandonou o campo aos 19 minutos do segundo tempo quando havia um penalti a ser batido pela equipe alviverde. Com esse resultado o time conquistou o título paulista com uma rodada de antecipação. Assim, o Palestra morreu líder em
14 de setembro de
1942, e o Palmeiras nasceu campeão uma semana depois, no dia
20 de setembro. Curiosamente, o clube permaneceu invicto durante todos os 6 meses em que se chamou "Palestra de São Paulo".
[editar]O começo de uma nova era
Em
1944 o
Verdão conquista mais uma vez o
Paulistão. Em
1947 além de conquista de mais um título o que marca o ano é a ascensão de um jovem treinador que faria história no futebol brasileiro,
Osvaldo Brandão. Em
1949 o Palmeiras vai à
Europa pela primeira vez. Disputa um torneio na
Espanha contra o
Barcelona (empate de 1 a 1) e
Kobenhavn (perde de 4 a 3) e fica em terceiro lugar. No ano de
1950, chamado de o
Ano Santo, o Palmeiras conquista de novo o título em cima do
São Paulo, em partida que ficou conhecida como o
jogo da lama.
1950recebeu o título de
Ano Santo em função do IV centenário da morte de São João de Deus, e de um Congresso Eucarístico realizado na capital do País; "Jogo da lama" devido ao fato do gramado do Pacaembu estar enlameado na disputa da partida final.
Palmeiras Campeão do Mundo —A Gazeta Esportiva |
Já a Rádio Panamericana, atual
Rádio Jovem Pam, também considerou o Palmeiras Campeão do Mundo. A competição foi a primeira tentativa de organizar-se um campeonato de abrangência mundial, antes mesmo de se organizar a Taça Libertadores e a Liga dos Campeões. Na sua primeira edição, a FIFA acompanhou atentamente o torneio, indicando os árbitros e organizando-o em parceria com a CBD, sob o comando do secretário geral e vice-presidente da entidade,
Ottorino Barassi; Este, por sinal, acompanhou a final, entregando as medalhas e o troféu.
[editar]Fifa reconheceu o título como mundial e voltou atrás depois
Desde
2001, dirigentes do Palmeiras trabalhavam para que o título da Copa Rio de 1951 fosse reconhecido como o primeiro Mundial de Clubes da história.
[1] O clube paulista preparou um
dossiê para fazer
lobby junto a Fifa com o pedido do reconhecimento.
[2][3]No final de março de
2007, dirigentes do Palmeiras apresentaram um
fax, que havia sido encaminhado e assinado pelo então secretário-geral da Fifa,
Urs Linsi, que atestava que a primeira edição da Copa Rio tinha sido o primeiro Mundial de Clubes de futebol da história.
[1][4] O clube brasileiro comemorou o reconhecimento e chegou a anunciar festejos para comemorar a chancela da Copa Rio como o primeiro mundial oficial.
[5][6]Com a repercussão da decisão da FIFA, outros clubes brasileiros pediram à Fifa o mesmo reconhecimento como "campeão mundial" para alguns títulos em torneios internacionais que disputaram, como o Fluminense (Copa Rio 1952) e o Santos (Recopa Internacional de 1968).
[7]Com receio de provocar uma onda de pedidos de outros clubes do mundo sobre o mesmo tema, a Fifa voltou atrás da decisão sobre a Copa Rio 1951, não assumiu que o torneio disputado no Brasil era o primeiro campeonato mundial de clubes e anunciava que o Comitê Executivo da entidade decidiria sobre o assunto.
[4]Em
26 de abril de
2007 o jornal
O Estado de S. Paulo veiculou em seu site a notícia
[8] de que a Fifa alertou que a decisão final sobre o reconhecimento da
Copa Rio de 1951 como um título mundial só seria definida após reunião no dia 27 de maio. "Ainda não há uma decisão formal", afirmou na ocasião Andreas Herren, porta-voz da Fifa em Zurique. "O caso foi debatido internamente pela administração da Fifa. Mas a conclusão foi a de que, por sua importância e complexidade, deve ser levado ao Comitê Executivo", disse o porta-voz.
[editar]Depois da Copa Rio
No mesmo ano de 51 o Palmeiras vence o
Torneio Rio-São Paulo. No período de
1952 até
1958 o Palmeiras não ganha nenhum título. Já em
1959 o Palmeiras volta a ser campeão paulista, vence o
Santos de
Pelé no último jogo, esse campeonato foi intitulado pela
imprensa da época como o
Supercampeonato Paulista,
[11] devido ao equilibrio e força de ambos os elencos, Palmeiras e Santos disputaram a liderança rodada a rodada, o Santos venceu o primeiro turno e o Palmeiras o segundo; o título foi decidido em três partidas, dois empates e uma vitótia palestrina, 2 a 1, título considerado histórico até os dias atuais. No mesmo ano o escudo muda novamente, agora, o
P ganha o nome Palmeiras ao seu redor, o mesmo até os dias atuais.
[editar]Década de 1960 - A primeira "Academia de Futebol"
Começa a década de 1960 e o Palmeiras seria o único time paulista a rivalizar com o
Santos de Pelé. Em
1960 o Palmeiras ganha o seu primeiro título nacional, a
Taça Brasil (o Campeonato Brasileiro da época), goleando o
Fortaleza por 8 a 2. Com esta histórica conquista o Palmeiras conquista o direito de disputar pela primeira vez a
Taça Libertadores no ano seguinte. Em
1961, em sua primeira participação na Libertadores, o Palmeiras chega à final contra o
Peñarol do
Uruguai, perdendo o título com uma derrota e um empate. Em
1963 o Palmeiras é novamente campeão paulista com grande destaque para o atacante
Julinho Botelho. O ano de
1965 é histórico para o Palmeiras; no dia
7 de Setembro no estádio do
Mineirão, em
Belo Horizonte, o Palmeiras entra em campo com a camisa da
Seleção Brasileira para enfrentar o
Uruguai e vence por 3 x 0 com gols de Julinho Botelho, que encerra a carreira no fim da temporada,
Rinaldo e
Tupãzinho, além disso conquista o
Torneio Rio-São Paulo. Em 1966 novamente o Palmeiras conquista o Paulista em cima do Santos de
Pelé. O ano seguinte é um dos melhores da década para o Palmeiras, o
Verdão ganha a
Taça Brasil e o recém - criado
Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o chamado
Robertão, uma outra espécie de competição nacional. Em
1968 o Palmeiras de novo chega a final da Libertadores, agora perdendo para o
Estudiantes da
Argentina. A década se encerra como começou, conquista de títulos, o
Robertão (título nacional) e o tradicional
Troféu Ramón de Carranza, na
Espanha.
[editar]Década de 1970 - A Segunda "Academia de Futebol"
Começa a
década de 1970, uma das melhores da história do Palmeiras. Comandados por
Leão,
Luís Pereira,
Dudu,
Ademir da Guia, entre outros, o Palmeiras começa a montar a equipe que dominaria o cenário nacional na primeira metade da década. Em
1971 o atacante
Leivinha, na época na
Portuguesa é contratado após longa negociação. Ele se tranformaria em um dos maiores artilheiros do clube com 105 gols. O ano de
1972 é histórico, o Palmeiras conquista os títulos das 5 competições que participou, entre elas o Campeonato Paulista, o último campeão invicto referente ao campeonato paulista até os dias atuais, e Brasileiro, triunfos em cima do
São Paulo e do
Botafogo do Rio, respectivamente. No ano seguinte vem o bicampeonato brasileiro, contra o São Paulo, além do time paulista, o quandragular final ainda era composto por grandes times da época, o
Cruzeiro e o
Internacional do
RS. Em
1974 o
Verdão conquista um dos títulos mais comemorados de sua história; em uma final diante do Corinthians, que na época estava amargando um jejum de vinte anos sem ganhar nenhum título, o Palmeiras vence por 1 a 0 com gol de
Ronaldo. Este título causou grandes estragos no rival palmeirense, o Corinthians se desestruturou, e o então presidente
Vicente Matheus ainda se viu obrigado a negociar um dos maiores jogadores da história corintiana;
Roberto Rivellino.
[12][editar]Último título da "geração Ademir" e começo de um jejum
Em
1976 o Palmeiras ganha mais um "Paulista", o último da geração
Ademir da Guia, considerado o melhor jogador da história do clube, apelidado de o "Divino", ele abandonou o futebol no ano seguinte, depois de 16 anos de glórias. Este título contou com
Dudu comandando a equipe do banco de reservas, inclusive a partida final é até os dias atuais a recordista de público na história do Palestra Itália, mais de 40 mil pessoas. Em
1977, Ademir resolve abandonar o futebol, depois de 16 anos de glórias na equipe palestrina, inclusive, vale ressaltar que Ademir nos jogos finais renunciou à posição de titular absoluto. No ano de
1978, o Palmeiras chega à final do Campeonato Brasileiro comandado por jogadores como
Jorge Mendonça, mas perde para o
Guarani do então jovem atacante
Careca. Em
1979, mesmo fazendo grandes campanhas tanto no "Paulista" como no "Brasileiro", ambas sob o comando de
Telê Santana, o time não consegue chegar ao título, o time ficou conhecido na época como o "Verdão Maravilha". Um fato curioso a ser destacado nesse ano é que Vicente Matheus conseguiu no "tapetão" o adiamento das finais do Campeonato Paulista, muitos alegam que essa atitude prejudicou o time palestrino.
[13] No período de
1980 até
1985 o Palmeiras não conquista nenhum título de importância histórica, é considerada a pior fase da história do
clube.Em 1981, o Verdão vai mal no "paulista" e tem de começar o ano na
Taça Prata(então divisão de acesso do nacional), mas tem uma boa campanha e consegue ficar em primeiro de seu grupo e, pelo regulamento, é promovido à
Taça Ouro.Já em 1982, fracassa no paulista mais uma vez, mas não consegue uma boa colocação na Taça Prata, não conseguindo migrar para a Taça de Ouro. No ano de
1985 ocorre um jogo considerado histórico, a partida entre Palmeiras e São Paulo termina empatada em 4 a 4 no Estádio do
Pacaembu, além do placar anormal, houve duas cobranças de pênaltis perdidas, um para cada lado. Em
1986 o time volta a disputar uma final do campeonato paulista, mas é derrotado pela surpreendente
Internacional de Limeira; nesse mesmo campeonato, o Palmeiras derrota o seu arqui-rival, o Corinthians, por 5 a 1. Em
1987 o jovem goleiro
Zetti entra para a história ao ficar 1.239 minutos sem tomar gol defendendo o
Verdão. Em
1989 o time conquista a
Taça dos Invictos (23 partidas sem perder) sendo o seu treinador
Leão.
[editar]1992-2000, a era Parmalat
No começo da
década de 1990 o Palmeiras segue sem títulos, mas em abril de
1992, a diretoria assina um inédito contrato de parceira para a gestão do futebol com a
multinacional italiana Parmalat e anuncia profundas mudanças, entre elas a camisa, que ganha listras brancas e o verde fica mais claro. Inicialmente, alguns craques são contratados, entre eles o meia
Zinho e o lateral
Mazinho, que se juntaram a jogadores, como o volante
César Sampaio e o atacante
Evair. Com a equipe ainda em formação e se acostumando aos novos tempos, o Palmeiras foi vice-campeão do
Campeonato Paulista de 1992. Na virada de 1992 para 1993, outros craques são contratados, como o zagueiro
Antonio Carlos, além de revelações do futebol que trariam muitas alegrias ao torcedor alviverde, como o lateral-esquerdo
Roberto Carlos e os atacantes
Edmundo e
Edílson. Com a postura ousada da Parmalat, de fazer contratações caras para a época, o Palmeiras caminhava para o retorno aos títulos.
[editar]O fim do jejum
O ano de
1993 é histórico para a Sociedade Esportiva Palmeiras. O
Verdão foi campeão paulista, do
Torneio Rio-São Paulo, 27 anos depois de sua última disputa, contando com o time reserva, já que os titulares estavam servindo a seleção, e do "Brasileirão". Na final do Paulistão, no dia
12 de Junho, o Palmeiras comandado por
Vanderlei Luxemburgo vence o Corinthians no tempo normal por 3 a 0 e na prorrogação faz 1 a 0, totalizando 4 a 0, sendo campeão paulista após dezesseis anos. Na final do Campeonato Brasileiro, derrota com facilidade o
Vitória, tanto em Salvador (1 a 0) como em São Paulo (2 a 0), e conquista seu terceiro título da competição. Em
1994, de novo, é campeão paulista e brasileiro. No Campeonato Paulista, que foi disputado por pontos corridos, o Palmeiras terminou seis pontos à frente do segundo colocado, mesmo com a ausência de Edmundo, suspenso por indisciplina pelo treinador Luxemburgo. Já no Brasileirão, o Palmeiras vence o Corinthians - essa foi a primeira final de Campeonato Brasileiro disputada pelos dois eternos rivais. O ano marcou também o retorno da equipe à
Taça Libertadores da América. O Palmeiras foi eliminado pelo São Paulo nas oitavas-de-final, mas a trajetória alviverde na competição ficou marcada pela histórica goleada, por 6 a 1, aplicada sobre o
Boca Juniors, da
Argentina, na primeira fase, em partida realizada no Estádio Palestra Itália. Em 1995, o Corinthians pôs fim à série de derrotas em decisões para o Palmeiras, conquistando o Campeonato Paulista daquele ano em cima do arquirrival, que já não contava com Luxemburgo no comando da equipe e com muitos jogadores das campanhas de 1993 e 1994. Três dias antes, na Libertadores, o Palmeiras, do técnico Carlos Alberto Silva, foi eliminado pelo
Grêmio, comandado por
Luís Felipe Scolari nas quartas-de-final. A equipe saiu de campo sob aplausos da torcida após mais uma exibição histórica, pois, por pouco, não devolveu a goleada imposta pela equipe gaúcha em Porto Alegre: o Grêmio havia vencido o primeiro jogo por 5 a 0 em uma noite em que o Palmeiras teve Rivaldo expulso; em São Paulo, o Palmeiras goleou os gaúchos por 5 a 1, mas a equipe rival se classificou pelo saldo de gols.
[editar]O "Super Verdão" de 96 e a chegada de Felipão
Em
1996, depois de uma nova reformulação no elenco e de novo comandado por
Vanderlei Luxemburgo, o Palmeiras ganha o
Campeonato Paulista de forma incrível, em trinta partidas, só uma derrota, marcando 102 gols. Uma campanha desse nível não acontecia desde a época do Santos da era
Pelé. Além disso, chega pela primeira vez à final da
Copa do Brasil, mas perde para o
Cruzeiro de Marcelo Ramos. O time histórico de
1996 tinha craques como o goleiro
Velloso,
Djalminha,
Luisão,
Rivaldo,
Cafu, o lateral esquerdo
Júnior,
Muller, entre outros. Em
1997, o Palmeiras faz má campanha no quadrangular final do Campeonato Paulista, sendo derrotado por Corinthians, São Paulo e Santos. Já sob o comando do técnico
Felipão, chega à decisão do Campeonato Brasileiro contra o
Vasco da Gama. Apesar de empatar os dois jogos das finais por 0 a 0, perde o título por conta da melhor campanha da equipe do
Rio de Janeiro na primeira fase. Em
1998, o Palmeiras vence pela primeira vez a Copa do Brasil, em uma revanche contra o Cruzeiro, o título viria no penúltimo minuto na decisão no
Morumbi, com um gol praticamente sem ângulo marcado pelo atacante
Oséas. Também conquista a primeira
Copa Mercosul na final com o mesmo Cruzeiro, com um gol marcado pelo paraguaio Arce na partida decisiva.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/58/Luiz_Felipe_Scolari.jpeg/200px-Luiz_Felipe_Scolari.jpeg)
Luiz Felipe Scolari, o Felipão
[editar]Taça Libertadores da América
O ano de
1999 é memorável para a história da
Sociedade Esportiva Palmeiras. Em uma campanha histórica, o
Verdão de Felipão vence nos pênaltis a
Libertadores, principal competição do futebol do continente, em uma final com o
Deportivo Cali da
Colômbia no Palestra Itália, com grande destaque para o goleiro
Marcos, escolhido o melhor jogador da competição. Durante a competição o Palmeiras eliminou times como
Vasco (campeão do ano anterior),
Corinthians e
River Plate, entre outros. O capitão da equipe nessa histórica conquista foi
César Sampaio. Outro destaque foi a participação de
Paulo Nunes. Além dos gols e passes para seus companheiros, ele se destacou pelas comemorações engraçadas e até mesmo provocativas de seus gols. O ano também ficaria marcado por um dos jogos mais emocionantes da história alviverde, pela Copa do Brasil. Na ocasião, com uma vitória por 4 a 2 obtida nos minutos finais, o Palmeiras eliminou o
Flamengo e se classificou para as semifinais, quando foi superado pelo
Botafogo nos pênaltis.
[editar]Depois da conquista da América, o fim da "Era Parmalat"
Em novembro de 1999, o clube é vice-campeão
mundial, perdendo para o
Manchester United em
Tóquio. O zagueiro Júnior Baiano e o goleiro Marcos são criticados pelas falhas no gol do Manchester. Além disso, o ataque também foi criticado pelas inúmeras chances de gol desperdiçadas durante a partida, principalmente no segundo tempo. No ano de
2000, o Palmeiras conquista o vice-campeonato da Libertadores, perdendo para o
Boca Juniors, da
Argentina, nos pênaltis. Nas semifinais, em dois jogos épicos, o alviverde elimina o arquirrival Corinthians. Na segunda e decisiva partida, o goleiro Marcos defendeu o pênalti cobrado pelo ídolo corintiano Marcelinho Carioca. A defesa, que entrou para a história do futebol brasileiro, valeu a classificação palmeirense à final. No início da temporada, o Palmeiras conquista o torneio Rio-São Paulo, com uma goleada contra o Vasco de Edmundo e
Romário por 4 a 0. Na metade do mesmo ano, com uma equipe de garotos e já com a diminuição expressiva de investimentos da Parmalat, o alviverde vence a
Copa dos Campeões, que lhe garantiu o direito de disputar a Libertadores do ano seguinte.
[editar]Palmeiras no Século XXI
[editar]Início do novo milênio sem a Parmalat
Em
2001, no primeiro ano do novo milênio, já sem a Parmalat, o Palmeiras consegue chegar à semifinal da Libertadores da América, mas é eliminado novamente para o Boca Juniors, nos pênaltis, após uma atuação contestada do
árbitro paraguaio Ubaldo Aquino na primeira partida, na Argentina, em
La Bombonera, por parte da equipe brasileira.
[editar]Segunda divisão e o retorno à elite
Em
2002, o clube foi rebaixado à segunda divisão do Campeonato Brasileiro devido à péssima campanha no campeonato daquele ano, mesmo contando com uma equipe bastante forte, pelo menos no "papel", já que, na prática, isso não resultou em bons resultados. A última e derradeira partida ocorreu na
Bahia na derrota para o Vitória. Em
2003, o Palmeiras disputou e venceu o campeonato da segunda divisão com larga folga em relação aos seus adversários, entre eles o
Botafogo do Rio de Janeiro, retornando à primeira divisão no ano seguinte. Nessa equipe campeã da "Série B", o Palmeiras fez uma grande reformulação no seu elenco e apostou as suas fichas em garotos revelados pelo clube, entre eles
Vágner Love. Apesar de ser pela segunda divisão, o Palmeiras conseguiu ter o artilheiro do campeonato nacional pela primeira vez em sua hintória, com o garoto Love. Em
2004, o clube obteve a quarta colocação no campeonato brasileiro e retornou à Libertadores da América, disputa em que é o clube
brasileiro com o maior número de participações, além de quatro finais disputadas. No ano de
2005 o
Verdão fica novamente em quarto lugar no "Brasileirão" e garante vaga na primeira fase de repescagem da Libertadores de
2006, onde passa com folga pelo
Deportivo Táchira da
Venezuela, tendo garantido assim, mais uma participação na fase de grupos da competição. Nas oitavas-de-final, o Palmeiras foi eliminado pelo segundo ano consecutivo pelo
São Paulo, após dois jogos equilibrados e uma atuação considerada infeliz do trio de arbitragem comandado por Wilson Souza de Mendonça, que de certa maneira "ajudou" a decidir o confronto anotando um
pênalti inexistente em cima de
Júnior após "armar" de forma involuntária um contra-ataque a favor da equipe do Morumbi. No mesmo ano de
2006, faz boa campanha no
Campeonato Paulista, mas termina na terceira posição, devido a ausência de seu melhor jogador até então,
Juninho Paulista. No
campeonato brasileiro realiza uma das piores campanhas da história palestrina, contudo, consegue escapar do rebaixamento.
[editar]Em busca do retorno às glórias
Após um final de
2006 turbulento, o Palmeiras começa o ano de
2007 renovado, buscando um melhor planejamento para voltar a lutar efetivamente por títulos.
Encerrada a fraca campanha no
campeonato brasileiro, o presidente
Affonso Della Monica decidiu promover uma grande reformulação no departamento de futebol do clube, mesmo já estando no final de seu primeiro mandato. Essa reformulação iniciou-se com o afastamento do então diretor de futebol Salvador Hugo Palaia, considerado como uma personalidade egocêntrica e geradora de conflitos como o que marcou a saída do elogiado treinador
Tite. Sua substituição por Gilberto Cipullo, homem forte do clube nos "anos dourados" da
Parmalat, foi seguida pela contratação do técnico
Caio Júnior e a dispensa de diversos jogadores que não agradavam a torcida, sendo alguns deles com salários considerados altos para a difícil situação financeira do clube, tais como
Juninho Paulista e
Marcinho. Para superar algumas perdas, o Palmeiras investiu na contratação de alguns jogadores elogiados pela crítica na última temporada, tais como o zagueiro
Edmílson, os volantes
Pierre e
Martinez, além dos atacantes
Florentín e
Cristiano.
Com um elenco mais enxuto e buscando planejar a colheita de bons resultados em um maior prazo, o Palmeiras de
2007 é um time em formação, mas que já espera pela crescente pressão dos torcedores para a conquista de títulos importantes (que não aparecem desde
2000).
No campo político,
Della Monica conseguiu se reeleger para mais dois anos de mandato dentro do clube em
22 de janeiro, derrotando Roberto Frizzo e colocando em xeque o futuro político do ex-presidente
Mustafá Contursi, aliado do rival. Para vencer as eleições, Della Monica contou com o apoio de outros nomes importantes da era
Parmalat, como Seraphim Del Grande e Luiz Gonzaga Beluzzo (relegados ao ostracismo durante os anos em que Contursi dirigiu o clube), e de uma maioria significativa de torcedores, esperançosos com a volta de administradores que antes eram considerados como símbolo da boa organização que marcou a gloriosa
década de 1990 do alviverde.
[editar]Fim do jejum de estaduais e nova geração de ídolos
Em
2008, o Palmeiras fecha acordo com a
Traffic e troca de patrocinador. Com a saída da
Pirelli, entra a montadora automotiva
Fiat, que patrocina a parte da frente e as costas das camisetas. O Palmeiras também fechou contrato com um patrocinador para as mangas do fardamento: as tintas
Suvinil. Com a parceria da Traffic, o Palmeiras passou a investir mais em jogadores, já que tinha a sua disposição cerca de R$ 40 milhões. O clube contratou o técnico
Wanderlei Luxemburgo, entretanto, este não foi pago pela Traffic.
[14] Com um time renovado e liderado pelo meia chileno
Valdívia em grande fase, o Palmeiras conquistou, no dia
4 de maio, após um jejum de 12 anos na competição, o
Campeonato Paulista de 2008, vencendo a
Ponte Preta por um resultado agregado elástico de 6 a 0 (1 a 0 e 5 a 0).
[15] Alguns dias antes de ganhar o título, o clube é eliminado da
Copa do Brasil pelo
Sport após empatar, no Palestra Itália, por 0 x 0 e ser goleado por 4 x 1, na
Ilha do Retiro. No
Campeonato Brasileiro de 2008, a equipe de Luxemburgo, despontou como uma das favoritas ao título, mas, já sem contar com o Valdívia, encerrou a competição na quarta colocação, que garantiu classificação para a primeira fase da
Taça Libertadores da América do ano seguinte. Nesse período a torcida, em busca de esperança, a torcida fez seus ídolos:
Kléber,
Valdívia e
Pierre são os principais.
[editar]Dois anos para esquecer
Em
2009, o alviverde iniciou a temporada com grandes mudanças, dispensando vários jogadores e contratando jovens revelações. A maior delas foi o atacante
Keirrison, que marcou 13 gols nas 10 primeiras partidas que realizou com a camisa do Palmeiras, agora, patrocinada pela
Samsung. A equipe alviverde surpreendeu a imprensa especializada no Campeonato Paulista com a melhor campanha na primeira fase, mas foi eliminada nas semifinais pelo
Santos. Na Libertadores, oscilou com apresentações que mostraram a inexperiência dos jovens atletas nos jogos em casa, mas se superou em diversas apresentações na casa dos adversários, especialmente nos jogos contra o
Colo Colo, do Chile, quando buscou uma classificação para as oitavas-de-final nos últimos minutos de jogo (gol de
Cleiton Xavier), e contra o
Sport Recife, já nas oitavas, quando eliminou a equipe pernambucana nos pênaltis, com três defesas do goleiro
Marcos. O Palmeiras foi desclassificado nas quartas-de-final pelo
Nacional, depois de empatar por 1 a 1 em casa e por 0 a 0 no campo da equipe uruguaia. No
Campeonato Brasileiro, já sob o camando do técnico
Muricy Ramalho, o alviverde liderou a competição durante 19 rodadas, mas não conseguiu manter o desempenho na reta decisiva e sequer se classificou para a Copa Libertadores, ficando na quinta colocação e frustrando sua torcida.
Em
2010, o clube manteve a maior parte do elenco da temporada anterior e obteve um desempenho pífio no primeiro semestre, ficando em apenas 11º lugar do
Campeonato Paulista e sendo eliminado nas quartas-de-final da
Copa do Brasil, pelo
Atlético Goianiense. Nessa primeira metade do ano, o time passou por trocas de técnicos e nem mesmo o campeoníssimo
Muricy Ramalho escapou da demissão. Além disso, houve desgaste na relação de alguns jogadores e a torcida, especialmente na polêmica envolvendo o meia
Diego Souza, que saiu do clube, após retrucar ofensas de torcedores. O atraso do início das obra em seu estádio foi mais um problema enfrentado pela diretoria ao longo desse ano. O segundo semestre do alviverde tinha tudo para ser melhor com a vinda de ídolos do passado como o técnico
Felipão, o atacante
Kléber e
Valdívia. O novo treinador disse que tinha um elenco limitado e faria um trabalho visando a temporada de 2011. Demorou um pouco para conseguir encaixar a equipe, mas ele conseguiu uma boa sequência de vitórias no nacional e uma classificação emocionante nas oitavas-de-final da
Copa Sul-Americana, quando o volante
Marcos Assunção fez o gol consagrador nos minutos finais contra o
Vitória, reascendendo a esperança da massa palmeirense de obter um título internacional novamente. Contudo, o elenco "abandonou" o
Campeonato Brasileiro muito cedo e foi tragicamente eliminado da Copa Sul-Americana nas semifinais da competição, contra o
Goiás, frustrando mais uma vez sua torcida, que viu sua equipe encerrar a primeira década do milênio de uma maneira bem menos vitoriosa do que o final do século XX.
![](http://www.tudonovo.org/wp-content/uploads/2011/08/2011_Palestra1.jpg)